Bonecos – Panteão – Vodu
Boneco ou Efígie
Os princípios da boneca vodu, ou efígie, é relativamente simples e trata-se de uma prática de magia de semelhança. a boneca ou efígie, representa a pessoa sob qual a pessoa que trabalhar. Não falamos aqui em cravar agulhar para fazer o mal, mas antes para transformar a energia e atualizá-la no mundo físico. As práticas não são boas nem má por sí próprias.
PANTEÃO
FONTE: transcrição do livro a Magia das Velas de Gerina Dunwich*
AGWE
Deus do mar do Vodu Rada, patrono dos pescadores e marinheiros, consorte da loa feminina Erzulie. Agwe é visto como um mestiço de olhos verdes, geralmente usando o uniforme de um oficial naval.
AIZAN
Loa haitiano do Vodu que habita a água e dá a seus devotos o poder de cura e de adivinhação.
AYDA WEDO
Loa haitiano/beninense do Vodu visto como uma deusa serpente arco-íris de várias cores. É a consorte do loa-serpete Damballah, freqüentemente simbolizada por uma cobra, serpente ou dragão.
BARON SAMEDI
Loa do Vodu Petro da morte e magia negra. Governante dos cemitérios, visto como um anão. Seu símbolo é uma cruz preta num túmulo, a cruz usando um casaco preto e no topo uma cartola. Ele controla as almas dos homens e mulheres que foram mortos por magia maléfica. Dizem que quando ele é invocado à meia-noite, o som estranho e assustador de correntes se faz ouvir com seu aparecimento. Baron Samedi é o loa Petro mais invocado na magia negra do Vodu.
BOSU
Loa haitiano do Vodu que habita as montanhas e os cemitérios. Sua cor sagrada é o preto.
DAMBALLAH
Loa Rada do Vodu conhecido como Serpente do Céu. Pai das Águas Cadentes e loa de toda sabedoria espiritual. Damballah é o consorte de Ayda Wedo, o loa-serpente arco-íris. Ele é reverenciado e invocado às quintas-feiras, e sua cor sagrada é o branco.
ERZULIE
Loa Rada do Vodu que representa o amor, beleza e feminilidade. Seu principal atributo é o luxo e é visto como uma jovem, bela, rica senhora que usa muitos anéis e colares de ouro. Sua bebida favorita é o champanhe, e, como a Virgem Maria, sem símbolo é um coração perfurado. Mas, diferentemente da Virgem Maria, Erzulie possui um caráter bastante erótico. É a consorte de Ogum, o loa do fogo e da guerra, e também de Agwe, o loa real do mar.
Em sua forma Petro, é conhecida como Erzulie Ge-rouge (Erzulie Olhos Vermelhos) e vista como uma mulher pálida, trêmula, que soluça incontrolavelmente porque ninguém a ama o suficiente. Branco e rosa são suas cores, e ela é reverenciada em sua dia sagrado, sexta-feira.
GHEDE
Loa da morte do Vodu Rada. É o loa invocado no encerramento de todas as cerimônias Rada. Veste-se com as roupas coloridas de um palhaço ou bobo-da-corte e muitas vezes usa entre as pernas um gigantesco falo de madeira. Entoa canções obscenas com voz anasalada e se eleita em desconcertas as pessoas sexualmente. Nas grandes cerimônias, sacrificam-se bodes pretos para ele, tanto como oferenda quando como djakati ( galinhas de pernas eriçadas afamadas por possuir a capacidade sobrenatural de localizar, descobrir e destruir feitiços mágicos feitos contra seus donos). Ghede é conhecido por sua fome insaciável, e uma pessoa por ele possuída come quantidades enormes de comida do ritual. Seu dia sagrado é sábado, e o preto, sua cor favorita. Embora seja o loa da morte, pode também ser um grande curandeiro. Em sua forma Petro, é conhecido como Baron Samedi, o Governante dos Cemitérios.
LEGBA (PAPA LEGBA)
Loa Rada dos caminhos e encruzilhadas. (Na religião Vodu, todas as encruzilhadas têm um significado simbólico). Originalmente um deus solar beninense, Legba é o mais importante dos loas, e todas as cerimônias Rada iniciam-se com uma invocação a ele. É o interprete dos outros loas e lhes permite surgir pela estaca ( o objeto cerimonial mais importante do Vodu) fincada na terra. É o guardião das chaves que trancam o portão que separa o mundo material do mundo dos espíritos. Legba geralmente aparece como um velho camponês manco, malvestido, fumando um cachimbo e usando uma muleta, mesmo sendo muito poderoso; dizem que sua posse de um devoto em transe é violentíssima, fazendo com que os membros da pessoa se contorçam como se ela fosse aleijada e o rosto fique com aparência velha e abatida. No sul do Haiti, bodes e os menores pintos de cada chocadeira são sacrificados a Legba em seu dia sagrado, terça-feira. Em sua forma Petro, é conhecido como Carrefour, o Mestre das Encruzilhadas.
LOCO (PAPA LOKO BENIN)
Loa haitiano da cura e espírito das ervas e da vegetação que empresa às folhas poder curativo. Sua cor sagrada é o verde.
OGOUN
Loa Rada haitiano/nigeriano da guerra e do fogo que protege seus adoradores das balas e ferimentos infligidos por armas. Ele fortalece seus devotos, dando-lhes tapas e levantando-os no ar. É invocado com o derramamento cerimonial de rum, que é então posto em fogo, o que não acontece com os outros loas. Quarta-feira é seu dia sagrado, uma espada é o seu símbolo, e o vermelho, sua cor favorita.
SIMBI
Um loa Petro geralmente barulhento e bravio, conhecido como Patrono dos Poderes Mágicos. Acredita-se que ele habita mangueiras e cabaceiros. É reverenciado e invocado em seu dia sagrado, a terça-feira.
SOBO
Loa haitiano/beninense Rada do raio e trovão, cujo símbolo sagrado é o carneiro. Os seguidores do Vodu acreditam que Sobo forja pedras-de-raio (lâmina dos machados pré-colombianos) arremessando raios para a terra, que atingem a rocha e lançam a pedra no solo do vale. Antes que um houngan possa tocá-la com as mãos, a pedra-de-raio deve ficar lá por um ano e um dia.
TI KITA
Um loa Petro feminino, poderoso e muito temdido, associado com o culto da magia e dos mortos. “Alimenta-se” de porcos e bodes, sendo o preto sua cor sagrada.
ZAKA
Loa haitiano da agricultura. Aparece como um camponês usando chapéu de palha, fumando cachimbo e carregando na mão um facão de mato.
MARASSA
Misteriosos loas gêmeos do Vodu que são divinos em poder, mas humanos em comportamento. Acredita-se que os Marassa sejam os pais de toda a espécie humana e os únicos loas criados diretamente por Deus ( sentido cristão). São retratados como crianças gêmeas e, quando possuem um devoto numa cerimônia, inspiram-lhe um comportamento infantil.