Guia do Participante do Santo Daime – Trabalhos Espirituais

Trabalhos Oficiais

O principal trabalho da nossa Doutrina são os hinários do calendário oficial. Após a consagração do Sacramento (Santo Daime), são formadas filas de bailados. O bailado se apresenta em três tipos básicos: valsa (compasso 1 por 1), marcha (2 por 2) e mazurca (ternário). O bailado inicia-se após a primeira estrofe do hino, a partir do movimento do comandante que dá o primeiro passo à esquerda.

A corrente é a força espiritual do trabalho. É o esforço empregado por cada um para que a comunhão de todos com o sacramento se revista de um profundo resultado espiritual. O bailado e a música geram uma energia que é canalizada pelas vibrações do maracá. Tudo isso propicia um trabalho interior de elevação espiritual e expansão de consciência que sustenta as mirações, os insights e diversos aprendizados que ocorrem durante o trabalho com cada membro da corrente.

Os hinos guiam a nossa jornada ritual. Alertam, encorajam, aconselham e nos instruem para que possamos realizar nosso mergulho interior, sempre dentro da proteção da corrente. A firmeza da corrente repousa na firmeza e consciência de cada irmão e na sua obediência às regras do trabalho.

O Bailado

Os fardados devem atender a chamada para a abertura do despacho do Santo Daime. Depois devem se dirigir aos seus locais de baile, enquanto os fiscais e demais encarregados dos turnos de serviço vão para os seus setores. Devem ser formadas filas de fardados por ordem de altura, os homens à esquerda e a mulheres à direita. Em seguida, os não-fardados e os visitantes.

Depois dos fardados, os paisanos tomam o Santo Daime e ocupam seus lugares, seja nos bancos ou nos últimos lugares da fila do baile, atrás dos fardados.

Todos devem permanecer em seus lugares. O fardado só poderá se ausentar do Salão durante o período de três hinos. A ausência deve ser comunicada ao companheiro da direita na fila. Se possível, esperar o final do hino para se retirar. Prolongando-se a ausência além desse prazo, a fila deve ser preenchida da esquerda para direita.

Os ritmos do bailado são marcha (2 por 2), valsa (1 por 1) e mazurca (ternário) e o movimento iguala-se ao balanço do mar. O bailado inicia-se após a primeira estrofe do hino, a partir do movimento do comandante que dá o primeiro passo à esquerda.

O bailado deve acompanhar o compasso da música, sem arrastar nem acelerar. Ele se caracteriza pela ordem, não há improvisos, nem coreografias frenéticas. O conjunto harmônico de todos os participantes forma uma corrente mágica, que nos inspira ao movimento do Cosmos. Deve se evitar trejeitos e movimentos exagerados que destoem do padrão apresentado pela corrente.  Ele é a vitrine do trabalho espiritual de cada um

O bailado é acompanhado pelo ritmo de batidas de “maracá ” feitos com pequenas latas contendo esferas e cabo de madeira. O maracá deve estar afinado convenientemente. Todo o fardado deve ter um maracá, faz parte da farda. O fardado deve ter consciência, que no trabalho espiritual, o maracá é um  instrumento de poder, não deve deixa-lo no chão, ou joga-lo em qualquer lugar. O fardado deve saber tocar o maracá adequadamente, dentro do ritmo exigido pelo hino. Não deve ser posicionado para baixo, e sim para cima, na altura do peito, tocando levemente na outra mão, marcando melhor o ritmo da batida

É necessário que haja tolerância acompanhada de instrução para a adaptação dos novatos.É fundamental que os fiscais tenham tolerância para  instruí-los de forma delicada e amorosa.

Pela separação energética e complementar entre homens e mulheres, sente-se o Tão (o yin e o yang) numa grande circulação de energia em movimento.

Através da dança nos conectamos com o Cosmos, formamos um único corpo, harmonizamos o transe, formando uma mandala humana e no centro a força do Altar, do Cruzeiro.

As filas de bailado são dispostas de acordo com a altura dos participantes, com os membros fardados ocupando as filas da frente.

As posições nas filas de bailado não devem se tornar pontos de afirmações de ego ou símbolo de poderes especiais. Todos devem compor-se em seus lugares de acordo com os critérios que forem estabelecidos.

O lugar vago na corrente dever ser imediatamente preenchido e o retorno feito após a conclusão do hino.

Todo membro fardado, na corrente, é um Soldado da Rainha, que tem a responsabilidade de um trabalho de muita seriedade. Deve cantar e bailar durante todo o hinário, salvo impedimento justificado.

CONCENTRAÇÃO

As Concentrações são, geralmente, realizadas todos os dias 15 e 30 de cada mês. O trabalho de Concentração faz parte do calendário oficial. É nele que quinzenalmente vamos buscar, através do silêncio, a conexão com o nosso Ser interior e uma maior consciência do nosso Eu superior. 14 É também nas Concentrações que podemos nos entregar relaxadamente a miração e receber instruções valiosas para o nosso seguimento espiritual. A Concentração se divide em duas etapas:

a) Concentração propriamente dita que consta da disciplina da mente em abolir os pensamentos, associações de idéias e impressões do dia-a-dia, a fim de se focalizar num único ponto. Nela treinamos a atenção e a introspecção, para que a mente ao invés de se tomar um foco de distração, seja um instrumento útil a serviço do trabalho espiritual.

b) Meditação – Estágio superior de concentração onde dentro da força da corrente, da energia espiritual das mentes elevadas e da proteção dos nossos guias espirituais se busca experimentar um estado contemplativo, estático, sereno, e sem pensamentos, onde procuramos fundir o observador, o observado e o ato de observar.

Os fardados devem vestir farda azul. Todos devem procurar uma postura corporal confortável, evitando-se movimentos desnecessários, e ausentar-se do salão apenas em caso de necessidade e/ou para fazer as devidas limpezas.
O ritual inicia-se com três Pai-Nossos e três Ave-Marias, Chave de Harmonia, despacho do Santo Daime e Oração.
Após a Oração deve ser lida a Consagração do Aposento e começa a Concentração. A primeira parte deve ser de concentração total num período mínimo de uma a duas horas.
Após o segundo despacho, a Concentração deve seguir por mais um período, onde o silêncio pode ser intercalado por hinos, autorizados pelo dirigente da sessão.
É recomendada a leitura do Decreto de Serviço do Mestre Irineu. Este Decreto de 1970 é o fundamento onde se baseiam todos os princípios e regras que devem constar na conduta de todo daimista. O texto deve ser lido na íntegra em momento solene durante a Concentração.
Também é recomendável a leitura do Preâmbulo Doutrinário do nosso Estatuto, mensagens, instruções, leituras de escrituras e textos sagrados de reconhecido valor espiritual. Excepcionalmente poderá ser realizado algum hinário durante a segunda parte da Concentração. Normalmente, a Nova Jerusalém do Padrinho Sebastião ou o hinário da Madrinha Rita.
Ao final é obrigatório o o Cruzeirinho do Mestre Irineu e depois dele, procede-se ao encerramento normal.


TRABALHOS DE CURA

A corrente de Cura: exige total concentração e atenção no objetivo do trabalho para que os doentes possam se entregar com toda a confiança ao trabalho espiritual a fim de obter compreensão das causas físicas, mentais e kármicas de sua doença e das transformações exigidas para que as curas possam ocorrer e se manterem.

Além dos hinos do caderno de Cura, podem ser cantados outros, sempre de acordo com as solicitações do próprio trabalho e autorização do dirigente. Em alguns casos podem ser abertos outros hinários também empregados para cura como é o caso, principalmente, dos hinários de João Pedro, Tetê e dos Finados (Antonio Gomes, Maria Damião, Germano Guilherme e João Pereira).
A abertura é normal: Oração, Consagração do Aposento, pequena concentração e início do Hinário de Cura.  É usada a farda azul, as pessoas permanecem sentadas em tomo do Cruzeiro. A mesa é preferencialmente constituída por 6, 7, 9, ou 12 pessoas, incluindo o presidente da mesa.
Os beneficiados não devem sentar diretamente na mesa, podendo ser acomodados sempre próximos à mesa de trabalho. Se necessário, podem permanecer durante o trabalho no quarto de atendimento de cura. Como é habitual, homens e mulheres sentam separadamente. De acordo com o trabalho, quando houver médiuns curadores em serviço, eles podem se movimentar no atendimento aos doentes, sempre de acordo com o presidente da mesa. Deve permanecer no salão um fiscal e também um outro no terreiro, além do despachador de Santo Daime (não necessariamente o presidente da mesa). Devem ser evitados os instrumentos musicais, inclusive maracás, quando não há uma equipe treinada adequadamente. Os hinos devem ser bem cadenciados, intercalados com pausa, a critério do chefe da sessão.
A praxe é fazer o primeiro despacho do Santo Daime antes da Oração, outro após a concentração ou no início do Hinário de Cura. E ainda um terceiro despacho opcional do hino O Daime, do Padrinho Alfredo, em diante.
Durante os despachos canta-se os hinos do Daime.
É apropriado que os locais onde acontecem os trabalhos de cura tenham acomodações apropriadas para receber os doentes.

TRABALHOS DE ESTRELA:  Sob esta designação reúnem-se todos os trabalhos que são feitos na Casa de Estrela, que mesmo tendo uma característica marcante de cura tem também como finalidade a instrução e ensaio de hinários, abertura de banca, ou outros tipos de trabalhos como aqueles que reúnem jovens, homens ou mulheres das comunidades daimistas.

TRABALHOS DE SÃO MIGUEL:  Este é um Trabalho de Cura e limpeza espiritual que se realiza em benefício de toda a corrente. A estrutura do ritual é como um Trabalho de Estrela. Podem ser feitos apenas um ou uma série de três trabalhos, com um intervalo mínimo de dois dias entre eles. Havendo abertura da banca, que é realizada após a Prece dos Médiuns, deve ser feita em nome do Professor Antonio Jorge e do Dr. Bezerra de Menezes que foram os guias espíritas do Padrinho Sebastião. A decisão para a realização deste trabalho depende da autorização do Conselho Doutrinário do ICEFLU. É necessário que haja uma equipe de cura credenciada.

A abertura varia um pouco da normal, pois depois das preces e Oração, canta-se o Sol, Lua, Estrela do mestre Irineu repetido três vezes consecutivas. Nesse momento devem ser firmadas três velas na mesa além das usuais. O trabalho tem uma parte dedicada à chamada dos mensageiros de São Miguel e uma outra com uma parte dos hinos de cura.   Durante todo seu transcurso, intercala-se preces espíritas kardecistas.
É facultado ao dirigente permitir a manifestação de espíritos e a incorporação destes, caso haja médiuns capacitados. Mas a abertura de uma banca de doutrinação é normalmente feita no trabalho de Mesa Branca.

Trabalho de Mesa Branca

Seu nome completo é “Mesa a de estudos esotéricos e mediúnicos” e tem como patrono o professor Antonio Jorge, entidade espirita com a qual o padrinho Sebastião realizava várias curas como médium, antes da sua chegada ao Daime.
Como o nome diz, foi um trabalho criado para desenvolver tanto a parte mediúnica, o desenvolvimento dos aparelhos mediúnicos e o conhecimento das diversas linhas e  entidades, como também promover o estudo espiritualista e esotérico que também é um dos pilares da Doutrina.
Ademais, ele serve também como um prefixo para trabalhos ecumênicos e de aliança com outras linhas espirituais.
Seu ritual assemelha-se muito à estrutura e ao desenho ritual do trabalho de São Miguel mas contém algumas variações como a fluidificação da água, mudanças de repetição e na ordem dos hinos.

Trabalho de Cruzes: Este trabalho deve ser realizado na Casa de Estrela e sua realização depende de indicação da presidência do Centro ou do grupo de cura. É um trabalho de exorcismo e desobsessão para o socorro espiritual de pessoas que se mostrem claramente alteradas de seu modo habitual, obsediadas ou apresentando um quadro de perturbação grave.

É feito em série, no mínimo três, máximo de nove, sempre em dias consecutivos. Preferencialmente deve ser realizado às 12:00h do dia, porém, em situações especiais pode ser iniciado às 6:00, 16:00 ou 18:00h.
Na mesa devem sentar os médiuns, ficando o(s) beneficiado(s) na segunda fila, sempre acompanhado(s) por um fiscal. Os números de integrantes da mesa pode variar de 3, 5, 7 ou 9 pessoas. A composição da mesa do trabalho deve ser a mesma em todos os trabalhos de uma série. Quanto ao(s) beneficiado(s) preferencialmente devem estar presentes no trabalho, mas o mesmo pode ser feito à distância com apenas três pessoas na mesa (se solicita que a pessoa beneficiada fique em concentração na mesma hora).
Todos os participantes do trabalho devem chegar à casa de Estrela cerca de 30 minutos antes da hora de começar o mesmo, tomar a dose única correspondente e aguardar em concentração o horário de início.Todos os participantes permanecem de pé. Os que compõem a mesa seguram em sua mão esquerda uma vela acesa e na direita um pequeno Cruzeiro. Igualmente o(s) beneficiado(s) devem ter a vela e o Cruzeiro na mão.
O trabalho é aberto com uma Salve-Rainha, e o oficiante procede a leitura da Oração de Exorcismo. Nas horas indicadas pelo oficiante todos devem fazer o sinal da cruz. Em seguida, são cantados os hinos Linha do Tucum, nº 108 do Hinário do Mestre Irineu (3 vezes), e Vou receber minha Mãe, nº 27 do Hinário do Padrinho Alfredo (duas vezes). O oficiante lê a oração de encerramento, é rezada uma Salve-Rainha e o trabalho é fechado com “Louvado seja Deus nas alturas. E a nossa Mãe, Maria Santíssima, sobre toda a humanidade. Amém.”
Após o encerramento, aconselhamos que todos permaneçam sentados, podendo-se cantar hinos de instrução, disciplina ou correção de pedidos de benefícios pelas almas e sofredores.
É um trabalho que era realizado pelo Mestre Irineu, na maioria dos casos, para pessoas que demonstravam estar obsidiadas. Devido à delicadeza deste tema, recomenda-se, tanto na  indicação como execução do trabalho, o acompanhamento pelo responsável do setor de saúde e a observância das normas estabelecidas pelo CONAD, além de outras regras institucionais e regimentais internas, cuidados que devem cercar todo caso onde o problema espiritual do paciente passe por algum desequilíbrio mental.

SANTA MISSA

Este ritual é realizado nos dias indicados pelo Calendário Oficial: Passagem do Padrinho Sebastião – no dia de São Sebastião (20 de janeiro), 15 Semana Santa, passagem do Mestre Irineu (6 de julho), Finados (2 de novembro) e também todas as primeiras segundas-feiras de cada mês (depois do Terço das Almas), na despedida de pessoas que fizeram sua passagem (corpo presente, sétimo dia e primeiro ano) e ocasiões especiais por solicitação à presidência do centro local.

Deve ser sempre realizada às 16:00h, de farda azul, a salvo quando realizada após algum dos hinários oficiais, de farda branca.
Não são tocados instrumentos musicais nem há bailado. As pessoas ficam sentadas em torno da mesa (em número de 5, 7, 9 ou 12), homens e mulheres em seus respectivos lados.
O Ritual é aberto com: “Pelo sinal da Santa Cruz, livrai-nos Deus, Nosso Senhor, de nossos inimigos. Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém.” Em seguida, abre-se o Terço (ver Ritual específico) e ao seu final são cantados os hinos da Missa à capela. Entre cada hino são rezados três Pai-Nossos e três Ave-Marias intercalados.
Obs.: Durante o oitavo hino, o presidente da mesa, sentado à cabeceira, e mais três pessoas (dispostas na forma de cruz) ficam de pé com uma vela acesa em sua mão direita. Ao final do hino e suas rezas, as velas são recolhidas pelo fiscal. As mesmas devem ser dispostas em local adequado, em forma de cruz e deixadas queimando até o fim.

Nas missas das primeiras segunda-feira de cada mês em benefício das almas, além do acréscimo já referido no terço, podem ser cantado hinos para os seres desencarnados.

RITUAL DA LUA CHEIA (Céu da Lua Cheia)

Trabalhos realizados sob a vibração da Lua Cheia, conforme calendário. A Lua Cheia aumenta a sensibilidade e a atividade psíquica. É como se abrisse um portal entre os dois mundos, o denso e o sutil. É propícia para uma atividade espiritual mais intensa, para um trabalho interior mais profundo e dinâmico.Como ela pode ser vista em todos os lugares do planeta, é um sinal para um grande grupo planetário de trabalho. A Lua Cheia possui qualidades curativas, especialmente, em órgãos femininos. É a Lua ideal para abandonar vícios (álcool, tabagismo, drogas, etc). Trabalha o amor e a sexualidade. É uma boa Lua para solidificar relações amorosas, e ótima para se fazer amizades.

Os remédios feitos com ervas e substâncias naturais, têm seu efeito potencializado, aumentando as chances de êxito no tratamento.Nossas preces , orações, e evocações chegam mais facilmente ao seu destino. Na primeira parte do ritual, cantamos, sentados, hinos que evocam a força da Lua, e em seguida é feita uma meditação referente aos aspectos da Lua em curso, onde os participantes colocam sua intenção. Na sequencia são cantados hinos que evocam energias curativas.A segunda parte do ritual é bailada.

O Curandeiro (Céu da Lua Cheia)

Ele nasceu inspirado nos  hinos de Cura dos Hinários  da Águia, Nova Era e Caminho das Virtudes.  Nesse primeiro trabalho, em 2012,  a corrente se reunião em volta de um Fogo Sagrado, e aos poucos ele foi tomando a forma da Doutrina Santo Daime e faz parte do Calendário Oficial do Céu da Lua Cheia e cantado nos momentos dos Solstícios e Equinócios.

É um Trabalho de Cura com Hinos/canções de poder, canalizados por Léo Artese, onde são evocados os espíritos curadores da floresta e a força dos caboclos, xamãs e pajés, dentro da estrutura do trabalho de São Miguel.

ENTREGA DOS TRABALHOS

Esta cerimônia se realiza somente após o encerramento do Trabalho de Santos Reis, dia 5/6 de janeiro.

É o momento em que cada fardado fará o balanço de suas atividades espirituais durante o ano que se encerra. São partes deste balanço: sua frequência e as alterações (benefícios, instrução ou disciplinas recebidas) observadas. A irmandade deve ser alertada para realizar este exame de consciência nos dias antecedentes ao trabalho dos Santos Reis. Antes de iniciar-se a cerimônia propriamente dita, o comandante do trabalho poderá solicitar a todos um breve momento de concentração para maior conscientização da entrega que cada fardado fará.
Ao final do hinário dos Santos Reis, antes da cerimônia da entrega dos trabalhos do ano propriamente dita, é cantado três vezes o Hino Oferecimento do Mestre Irineu.
O presidente do centro escolhe entre os membros mais antigos da irmandade aqueles que irão receber os trabalhos dos demais. As pessoas designadas para receber os trabalhos permanecem sentadas dentro do Salão da Igreja. Ou então, as pessoas que estão formadas entregam os trabalhos ao chefe do pelotão de sua fila (aquele que puxa a fila). Estes por sua vez entregam aos padrinhos e /ou anciões escolhidos.

Na cerimônia se procede da seguinte maneira-

Os fardados individualmente se aproximam, prestam continência, com a mão esquerda e perfilados afirmam:  “Na Santa Paz de Deus eu recebi os meus trabalhos. Na Santa Paz de Deus eu entrego os meus trabalhos com/sem alterações,” dependendo da avaliação que cada um faça sobre estes critérios apresentados acima. A(s) pessoa(s) encarregada(s) de receber os trabalhos poderá(ão) solicitar maiores esclarecimentos sobre a qualidade das alterações observadas e maiores detalhes sobre as mesmas.
Dentro da tradição do Mestre, acrescenta-se à entrega com ou sem alteração, também a opção “com/sem preces“. Considera-se a entrega com preces quando a pessoa cumpre compromisso de realizar de um a três terços diários.
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