Roda – Oito Direções / Estações
K.Meadows em ” Earth Medicine” relaciona os doze segmentos da Teia da Terra, o zodiaco e a Roda da Astrologia Chinesa como extensões mais recentes de um sistema ancestral das oito divisões ou direções ( Norte – Nordeste – Leste – Sudeste – Sul – Sudoeste – Oeste – Noroeste). A Roda das oito direções é um conceito usado por nossa história e todas as culturas, e isso é evidente ao analisar os artefatos das civilizações passadas. As origens, entretanto, remontam a pré-história, possivelmente na Atlântida ou outro “Continente Perdido” como Mu, de quem deve ter descendido os peles-vermelhas.
A roda da Oito Direções, como todos símbolos sagrados, contém inúmeros sentidos e ensinamentos . Um deles era a indicação de que existem oito fases durante o ano, onde percebemos as mudanças no ritmo da Terra.Na Inglaterra e Norte da Europa na era pré-cristã, essas oito ocasiões eram divididas em festivais e o Círculo de Oito Direções torna-se a Roda do Ano.
A DANÇA DAS ESTAÇÕES
No xamanismo nos iniciamos na realidade ordinária e entramos em reinos não ordinários de mistérios e sabedoria que nos rodeiam.
Fiz na minha caminhada várias anotações , de diversos autores, que confesso não saber detalhar mais quem escreveu ou falou o que.
Como são informações Universais, quero prestar uma homenagem juntando meu texto á vários autores como William Bloom, Ney Ching, Larsen, J.Murphy, K Meadows, os quais agradeço o aprendizado.
Nos primórdios da humanidade, o homem vivia em contato direto e permanente com a Terra, o Sol, a Lua e as Estrelas, sintonizado com os ritmos cósmicos e altamente influenciado pelas forças e manifestações da natureza.
Para garantir sua sobrevivência em um ambiente muitas vezes hostil, cheio de perigos e imprevistos, os homens assim ditos, primitivos, observavam cuidadosamente os sinais e as mudanças da natureza a seu redor. Suas vidas e atividades dependiam dos ciclos do Sol e da Lua, das mudanças das estações, dos efeitos climáticos e da interação com as forças naturais ou sobrenaturais.
Os povos antigos, consideravam a viagem circular da Terra ao redor do Sol uma roda, representando o eterno ciclo de nascimento e desabrochar, crescimento e florescimento, maturidade e frutificação, envelhecimento e decadência, morte e decomposição e, novamente renascimento, refletido na vida humana e na natureza.
Em sua aparente trajetória anual, o Sol atinge dois pontos de afastamento máximo em relação ao Equador celeste, tanto para o norte quanto para o sul. Esses pontos são chamados solstícios, o de inverno marcando o dia mais curto do ano e o de verão, o dia mais longo do ano.
Os equinócios são os pontos de interseção dessa trajetória aparente do Sol com o equador celeste, determinando dois momentos em que o Sol se encontra exatamente sobre o equador, quando o dia e a noite tem a mesma duração.
Nós estamos apenas começando a recriar nossa celebração e vivência destes festivais.
A nova maneira de trabalhar com o ciclo lunar tem uma certa claridade inata, devida ao fato que ele se refere, até um certo ponto, a uma forma pura de trabalho interior que não é afetado pelas dinâmicas sociais e culturais.
No entanto, os festivais do Sol e do Fogo são uma manifestação direta do relacionamento humano com seu ambiente ecológico : planetário, solar e cósmico. Estes festivais emergem da cultura humana, de sua consciência natural e sua ecologia espiritual.
As luminárias desfilam no Céu : Sol, Lua, Estrelas e Planetas, e cruzam acima da Terra e Mar pela margem Leste e desaparecem no Oeste, na eterna renovação. O Horizonte divide Terra e o Céu, e forma um dos muitos círculos que acompanham nossas vidas. Nós vivemos sempre expandindo círculos e esferas de relacionamentos, buscando, trabalhando, jogando e explorando. Quando sentamos no círculo em volta do fogo, as labaredas iluminam cada um de nós, nos campos e florestas escuros. O que está fora está dentro. O que está encima está embaixo. O macrocosmo e o microcosmo.
Este principio traz a reconexão para os nativos e povos ancestrais, que acontece no ciclo natural de atividade externa do mundo da realidade física, como reflexão do que há por dentro da entidade humana e vive-versa. O ciclo é conhecido como a Roda do Ano, que gira constantemente e muda com as estações, os períodos de claridade e escuridão.
Horizontes aquecem a imaginação e preenchem nossos sentidos de maravilhas. Leva-nos até vastas regiões do Universo.
Das montanhas às planícies, do deserto até uma ilha no meio do oceano, os humanos olham para as margens e para além delas. No espaço entre os mundos onde Céu e Terra se reunem, nós sentimos o portal para possibilidades infinitas.
O Calendário Sagrado acompanha nossas vidas e forma “margem de tempo e espaço” nos caminhos físicos e espirituais. Nós descobrimos como dar ao mundo físico uma sagrada dimensão, consagrando as quatro direções, as quatro estações, os quatro elementos. E eles tornam-se reflexões do Grande Cosmos Espiritual que vivemos
O Gradual desdobramento das estações do ano, ciclo por ciclo, da primavera para o verão, do outono para o inverno e novamente a primavera, sempre sintonizados com as fases da Lua, que indica o jeito que essas energias sutís operam dentro do organismo humano. E assim, chegar na harmonia com o fluxo da natureza possibilitando a pessoa obter maior equilíbrio físico, emocional, mental, sexual e espiritual, aspectos de sua propria natureza.
Essas quatro locações são chamadas de Solstícios de Inverno e Verão e Equinócios de Primavera e Outono, e são determinados pelo movimento da Terra ao redor do Sol.´São orientados pelo Sol. No período pré-cristão britânico, Norte Europeu, esses quatro pontos do ciclo eram reconhecidos como festivais solares, ou festivais sazonais.
Desde que os solstícios são pontos de fluência das energias cósmicas e solares, eles são reconhecidos como tempos oportunos para trazer a compreensão do que temos que por em ação na nossa vida pessoal e fixar intenções para preparação do próximo período.
O fluxo das estações e as fases da Lua afetam; a vida no campo, nosso ânimo, mudanças no tempo, influenciam a vida e o trabalho. Porém, nas grandes cidades, o movimento da força sutil não é percebido com consciência. As quatro ocasiões dentro do ciclo das estações, indicam pontos de mudança da energia potencial da Natureza dentro de nós mesmos.
Essas quatro ocasiões podem ser localizadas na “Teia da Terra” e provê coordenadas cujo Tempo e Espaço podem ser sincronizados.
No período pré-cristão britânico, Norte Europeu, esses quatro pontos do ciclo eram reconhecidos como festivais solares :
OSTARA = Primeiro dia da Primavera
LITHA = Verão
MABON = Outono
YULE = Inverno
Os solstícios são os pontos centrais no ano e quando os dias são mais longos (verão) ou mais curtos (inverno). São como “switches” que trazem mudanças climáticas para aumentar ou diminuir a luz – de longas noites para longos dias, de dias curtos para noites longas.
Cada solstício é uma pausa entre a mudança na Natureza, e cada um, deixa vestígios para os humanos. Também são momentos de pausas para alinhar a vida buscando a harmonia com o constante fluxo de mudanças das forças naturais.
Desde que os solstícios são pontos de fluência das energias cósmicas e solares, eles são reconhecidos como tempos oportunos para trazer a compreensão do que temos que por em ação na nossa vida pessoal e fixar intenções para preparação do próximo período.
No meio do caminho, entre os solstícios, estão os equinócios, onde o dia e a noite têm a mesma duração. Eles indicam períodos de mudança rápida no ciclo anual.
DIREÇÃO OESTE – OUTONO – MORTE – INTROSPECÇÃO
A estação do Outono simboliza no Calendário Sagrado do Ciclo sazonal, o período ideal para o estudo de si, encontro consigo mesmo – balanço e processamento de todo o vivido na primavera e verão e construção de uma nova singularidade, um novo projeto de vida a cada vez mais sintonizado com a missão pessoal. Experimentação do poder do silêncio e da meditação. Oportunidade para escutar e observar o mundo interior. Autocura das feridas da alma. Libertação da negatividade – culpas e medos. E assim gerar a nova vontade e novas atitudes. O poder que vem do Oeste é o do desenvolvimento da força interior, da auto-suficiência, que nos permite enfrentar os desafios do dia-a-dia, as dificuldades da vida. É o reconhecimento dessa força que está dentro de todos nós. É um momento de acumular energias, de repensar o projeto de vida, os conhecimentos e deixar de lado o que é inútil, assim como as arvores deixam cair as suas folhas secas. O oeste tem o sentido de “olhar para dentro”, da introspecção. Momento de avaliar o aprendizado das ações e adquirir experiência para tomar decisões mais sábias. De avaliar as nossas verdadeiras intenções e digeri-las como o Urso em sua caverna.
DIREÇÃO SUDOESTE – A ULTIMA COLHEITA – DECOMPOSIÇÃO
O frio aumenta na terra, o Sol diminui sua intensidade, as folhas das árvores secam e caem. É o período dos términos. Sementes caem na Terra e deixam o ventre da Deusa com uma esperança de vida O fio que separa as estações, o fio que separa a morte da vida, é a Ultima Colheita. Onde honramos todos aqueles que já passaram por este mundo. É o véu que se solta para a comunicação com os espíritos familiares, seus ancestrais. É o momento do Calendário Sagrado que podemos comparar aqui no Hesmifério Sul com a época do Dia dos Finados, de Todos os Santos, Samhain, Halloweeen. A morte é profundamente significativa. Descobrindo o que ela é em si mesma, conheceremos o segredo da vida. Aquilo que continua além da sepultura somente pode ser conhecido por pessoas de consciência desperta. Quem está adormecido desconhece aquilo que está além da morte. Teorias há muitas, cada um pode formular sua opinião, porém o mais importante é experimentar diretamente tudo isso que perternce aos mistérios da morte.
Evocamos a medicina da purificação e limpeza, morte e renovação (renascimento) Celebraremos a esperança da vida na escuridão, a preparação para o período de renovação que chegará com o inverno. Os elementos que influenciam são Fogo e Terra.
DIREÇÃO SUL – INVERNO – A RENOVAÇÃO – CRESCIMENTO INTERIOR
É o tempo em que as coisas parecem estar adormecidas. Contudo, com a aparente dormência, um dos maiores crescimentos está ocorrendo. É no inverno quando as sementes permanecem congeladas dentro da terra, que elas pegam para sí as energias da terra que lhes permitem crescer nas estações por vir. É no Sul que nossos corpos não conseguem se mover tão facilmente quanto o fizeram no passado ou farão no futuro, que parecemos forçados a levar para dentro de nós a sabedoria do Espírito que usaremos à medida que contiuamos a nossa jornada em torno da Roda. O poder do Espírito do Inverno é a Renovação,a Sabedoria, o Conhecimento. Da beleza e da ressonância harmônica. Da imaginação ilimitada e do intelecto. Dos sábios, anciões e ancestrais, das preces e agradecimentos. É o portal da honra. Período em que as coisas parecem estar adormecidas. Contudo, com a aparente dormência, um dos maiores crescimentos está ocorrendo. É quando a atividade exterior diminui efetivamente. É um tempo de escuridão, quietude e sonhos. É um tempo para se avaliar realizações e propósitos e de se preparar para a dádiva maior de morte e renascimento. Época em que muitas pessoas atingem uma compreensão de suas próprias vidas, aceitação do que elas alcançaram ou não. Pode ser um tempo de paz, um tempo de poder, um tempo de perdão, de compaixão por tudo à sua volta. Época de se libertar de velhos padrões de comportamento, para se render às pequenas mudanças do corpo e da mente em preparação, para as mudanças maiores que virão. Direção : Sudeste
DIREÇÃO SUDESTE – GERMINAÇÃO – PREPARAÇÃO
É o meio do inverno, onde sentimos mais os ventos frios, nos impulsionando para ficarmos mais confinados, mais limitados, ficarmos mais quietos descansando. Porém há movimento dentro da terra com a nova vida que se esconde por debaixo da superfície.
Está época ensina como a trabalhar o centro do coração, como demonstrar afeição, como encarar os medos, e como desenvolver habilidades de liderança. Ajuda a desenvolver a coragem e o poder O meio do Inverno, a Terra faz a sua própria limpeza preparando-se para um novo ritmo de crescimento que está por vir. Um momento de preparação, para planejar, buscar visões e ideias inovadoras. Um momento do inverno onde podemos sentir a influência solar se agitando, na frescura do ar. Uma energia estimulante, revigorante e de limpeza. A semente se rompe, a planta vence a limitação e no ventre da Mãe Terra uma nova vida que estará por vir, movendo-se para debaixo da superfície. Nós aqui na Terra aproveitamos essa energia para vencer limitações e constrangimentos.
Na Grã-Bretanha, a data era celebrada como Imbolc (fevereiro no Hemisfério Norte), cujo siginifcado do nome significa barriga (gravidez) onde se comemorava o retorno da luz e tem o equivalente cristão do Festival da Candelária. Nos tempos antigos era um festival de limpeza. De limpar a terra e a confusão de coisas acumuladas no ano interior e que já não serviam mais. Um tempo de preparação para o novo crescimento quando a dormência do inverno subitamente irá se transformar na atividade da primavera. Os nativos americanos faziam a cerimônia do “dar e receber” , ocasião para que essas coisas serem oferecidas. Também para banir más atitudes e hábitos, pequenos medos e ressentimentos, e os maus sentimentos. Ceriomonialmente cada banimento era representado por um único grão ou por um pau lançado para dentro do fogo e sendo comumido.
Chega o poder da nova vida que se esconde no repouso, indicando a necessidade de estar em silêncio e ouvir, para fugir da conversa fiada e confusão. O Poder é associado com a meditação e contemplação cuja essência é o repouso da atividade externa para preparação
DIREÇÃO LESTE – PRIMAVERA – CLARIDADE – ILUMINAÇÃO
A direção e o poder do espírito do Leste é a Iluminação que abre o olho espiritual e, traz discernimento e claridade. É o poder de novo começo e nova vida, como o despertar da Primavera depois do sono do Inverno. É a Luz que dispersa a escuridão e a ignorância. É neste momento, que às coisas nascem e, renascem, observamos o nosso jeito de ser, aquilo que aprendemos com a vida. E, com os olhos da Águia, voar acima dos preconceitos, das regras e escolher, do alto da consciência, aquilo que nos serve e que nos eleva, e o que queremos deixar cair. Ele nos traz o impulso da inspiração, da iluminação, da clareza e da sabedoria. No Caminho da Iluminação dele voamos para perceber que, nossas vidas têm um propósito, aqui estamos por uma razão que talvez, não compreendemos inteiramente. Nesta direção adquirimos à clareza que devemos e, podemos nos conectar com a Origem e o Poder Divino, que criou o Universo.
DIREÇÃO NORDESTE – FERTILIZAÇÃO – A SAGRADA UNIÃO
O perfume doce das plantas já podem ser sentidos, começa a florescência. A Direção Nordeste anuncia a aproximação do Verão. Caminhamos para o auge da energia, aumentamos a nossa expectativa de boas colheitas. Abrimos nosso coração para a comunidade, nos preparamos para celebrar a fertilidade na Terra. Chegamos ao ponto médio entre o Equinócio de Primavera e o Solstício de Verão. Momento dos ritos de iniciação para a fase adulta, da florescência das árvores, quando os aromas das flores tornam-se mais fortes e encantadores. O poder está em ascensão assim como as emoções nos relacionamentos, a energia e fluxo do poder está aumentando, assim como a nossas expectativas.
Momento na Terra para abençoarmos nossas relações e relacionamentos. A Sagrada União do Masculino e Feminino. Para complementar os opostos e nos harmonizarmos com nossa energia sexual, do amor sexual. Para fortalecermos nosso relacionamento atual ou para buscar um novo relacionamento de qualidade, de amor, verdadeiro. Para fortalecer casais e para quem está a procura de seu amor .
Para fertilizar Todas As Nossas Relações.. O maior desafio que teremos para esse novo milênio é o de harmonizar nossos relacionamentos, nossas relações. Harmonizar relações / relacionamentos em todos os níveis : na família, na relação homem e mulher, com os filhos, com os pais, com chefes, com subordinados, com fornecedores, com clientes, com companheiros de trabalho, vizinhos, amigos em geral. E é claro, relacionamento consigo mesmo, com Deus, crença/religião….ou seja : Tudo na vida é relacionamento. Hoje, mais do que nunca, temos que nos relacionar com o meio-ambiente, com a nossa alimentação, com a escola de nossos filhos, com os amigos de nossos filhos………. Vivemos numa rede interminável de relacionamentos ! Se a vida é a dança das Relações, é sábio aprendermos cada vez mais a dançar, em harmonia com tudo o que nos cerca.Nós necessitamos de outros para sobreviver, e nós nos alegramos na presença de outros para viver.
Nesta estação, povos dos passado, rezavam para a segurança dos seus rebanhos, iluminando cumes com chamas enormes. Aqui nós vamos orar pela liberdade e pela vida de nossos animais, para que o mundo melhore o seu relacionamento com eles, assim como para todo o nosso planeta, nossas árvores e minerais.
DIREÇÃO NORTE – VERÃO – CRESCIMENTO
O poder do Espírito do Verão é o Crescimento, Inocência, Fé e Confiança. Onde podemos recapturar a maravilha de estarmos vivos e podermos ser como crianças. É o Portal das Emoções e do Elemento Água. No pensamento nativo, assim como não podemos bloquear as águas de um rio, também não bloqueamos as nossas emoções. Ou seja, deixar fluir.
Representa também o Reino Vegetal. A Direção Norte (Hemisfério Sul) tem as dádivas da energia, adaptabilidade, maturidade, diversão e humor. A hora é de estudar relacionamentos, quando tudo em nosso mundo torna-se verdadeiramente possível, quando buscar por amor é definitivamente uma de nossas forças guias e onde somos capazes de dar e receber amor em muitos sentidos.O poder da Direção Verão é misterioso, um poder de mudança, do crescimento. É para explorar o amor, os relacionamentos,o mundo a sua volta, explorar quem você é.
A Direção Norte (Hem. Sul) é o local do coração, das emoções. É lá que chegamos, quando necessitamos curar nosso coração, quando necessitamos aprender como amar, quando precisamos aprender a deixar de lado tudo o que não é amor ( ódio, medo, inveja, ciúme, raiva…) Ensina também sobre sexualidade e sensualidade.Todos os desejos podem ser realizados pois a força vital está no auge. A oportunidade para, no ano que se inicia, rever os ensinamentos do ano que passou. Para estabelecer um compromisso, consigo mesmo, para seu crescimento, em mais um ciclo de sua missão terrestre.
DIREÇÃO NOROESTE – A PRIMEIRA COLHEITA – ABUNDÂNCIA
Celebração da Primeira Colheita. Este Festival do fogo corresponde sazonalmente com o Festival do Milho Verde, a Dança do Milho dos nativos norte-americanos; com Lammas ou Lughnasadh (que acontecem em 01 de agosto no hemisfério Norte e 01 de fevereiro no Hemisfério Sul); e muitas outras celebrações da colheita. Lammas em inglês arcaico, significava a Missa do Pão (Loaf Mass), descrevendo assim, a festa do pão fresco, feitos dos primeiros grãos de trigo. Pelo Calendário Cristão é associado ao “Dia de Ação de Graças”, “A Massa de Pão”.É o momento onde avaliamos aquilo que colhemos, fazendo um balanço de nosso sucessos e frustrações. Onde conscientemente e através do lívre-arbítrio abrimos mão, rejeitamos, limpamos o velho e começamos a plantar novos projetos. É o momento de honrar as divindades relacionadas com a colheita e darmos graças por nossa primeira colheita. Invocamos a conexão com a natureza e com os seres da Criação. Buscamos a consciência que estamos todos ligados por “Todas As Nossas Relações “. Preservamos nossa essência, celebramos os resultados e fazemos cerimônias de agradecimento e purificação. Fazemos a avaliação dos sucessos e fracassos e nos preparamos para o Equinócio de Outono.
O grão está maduro para a colheita, as árvores estão carregadas das primeiras frutas do verão. Marca um descanso do trabalho, para avaliar o estoque. A safra que o sol rendeu. Um momento de agraciar, comemorar, apreciar o nosso trabalho diário. Época para lembrarmos que não estamos sozinhos e celebrarmos com nossas relações, do trabalho e conquistas em grupo, da comunidade que vivemos, dos nossos ancestrais, antepassados. Para resgatarmos o sentido de pertencer, do compromisso. Onde agradecemos por comer e por ter um lugar para viver. Para louvar o sacrifício da Mãe Terra e de toda a alma feminina.
OITO DIREÇÕES E SUAS CORRESPONDENCIAS